Génesis 5.24:*: “[Enoque] viveu sempre em comunhão com Deus e um dia desapareceu, pois Deus o levou.”
Na descrição da genealogia, uma repetição cansativa, muito comum na poesia hebraica. O leitor percebe isso quando faz a leitura das gerações, bem marcadas em Génesis. Neste caso, a genealogia introduz a família de Noé.
Essa leitura igual para todos os personagens é quebrada a partir do momento em que o ser humano muda com relação e Deus. Na genealogia, é tudo normal até quando se percebe a fidelidade e obediência do ser humano. Nesse caso, o comportamento de Enoque. Se observares a descrição dos personagens antes e depois dele, todos têm a mesma citação, todos são iguais: todos tiveram filhos em “x” tempo, viveram “x” anos depois de gerarem ao filho em destaque e morreram com “x” anos... a diferença na vida de Enoque foi a intimidade que ele teve com Deus. Algo aconteceu, algo se destacou, algo foi diferente.
A ideia de “desaparecer” (também destacada em Hebreus 11.5) não é o foco deste texto; o que o autor quer evidenciar é a comunhão com o Senhor, que algumas traduções apresentam como andou com Deus”. Neste caso, a NTLH deixa claro o que significava esse caminhar com o Senhor. Enoque começou bem, mas terminou bem também – esse é o propósito do autor do texto.
Nossa vida pode ser comum, como a de milhares de outras vidas, até o momento em que caminhamos com Deus. A nossa intimidade com o Pai deverá fazer toda a diferença. Se somos como todos, se nada se destaca de nossa vida com relação aos outros, que cristãos temos sido? Que vida temos vivido? Que diferença temos feito? Oremos e lutemos para irmos até ao fim nesse caminhar com o Senhor.