“Sejam alegres na esperança que têm. Tenham coragem nos sofrimentos e nunca deixem a oração”. (Romanos 12.12 – Bíblia Para Todos)
A afirmação de Paulo neste verso indica algumas questões relevantes para os nossos dias:
Em primeiro lugar, os tempos que vivemos são difíceis. Dois aspetos no texto indicam isso: a alegria na esperança e coragem nos sofrimentos. As situações pelas quais passamos nem sempre nos trazem alegria, mas certamente o que esperamos receber na vida eterna será recompensador.
Devemos falar mais da vida eterna. Nós falamos muito dos poucos dias na terra, mas pouco dos dias eternos; para muitos, os tempos de prazer estão neste mundo, levando-nos a buscar o que aqui há de melhor. John Stott no livro “O Discípulo Radical” afirma que nós cristãos deveríamos conversar mais sobre a morte. De facto, ela é a única certeza para qualquer ser humano e uma esperança para quem crê em Jesus. A morte é a certeza de paz, saúde completa, comunhão eterna. A morte nos levará de volta à comunhão perfeita do Éden.
Em segundo lugar, a oração nos traz a serenidade necessária para vivermos todos os dias. Orar é confiar, buscar ajuda do alto, é pedir orientação. Orar é permitir que Deus molde o nosso caráter, e Ele faz isso através das lutas que enfrentamos diariamente. Muitas vezes a oração respondida é aquela que muda a nossa vida, ajustando-a à vontade do Senhor.
Há pessoas que oram para ter poder. O certo seria orar para termos comunhão. Os homens de Deus buscavam ao Senhor com humildade; lembremos de Moisés e das vezes que se derramou diante do Senhor; recordemos dos salmos de arrependimento atribuídos a David, vamos estudar as orações de Neemias nas quais esse governador se coloca em uma posição humilde. Em nossas orações privadas, vamos recordar do que temos de sujo em nós e clamar por misericórdia. Vamos sair da presença do Senhor apenas quando sentirmos o seu amor e graça sobre nós.